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Servidores municipais de Uberlândia protestam na Câmara contra proposta de reajuste salarial

Plenário da Câmara Municipal foi ocupado por representantes de diversas categorias; sessão foi suspensa durante ato. Algumas escolas também pararam as atividades em manifesto contra o projeto de lei.

 

Servidores públicos municipais de Uberlândia realizaram, na manhã desta segunda-feira (03), uma manifestação na Câmara de Vereadores contra o reajuste salarial proposto em Projeto de Lei (PL) pelo prefeito Odelmo Leão (PP) na semana passada.

Estiveram na sessão agentes de trânsito, de controle de zoonoses, da rede de saúde, educação e autarquias como Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae).TV 1ª edição - Uberlândia

Na última segunda-feira (27), o prefeito enviou à Câmara o PL que autoriza o reajuste de 3,5% aos servidores municipais contratados e efetivos, além dos profissionais terceirizados da Saúde. No entanto, o percentual pedido pelos servidores era de 8,63%, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Uberlândia (Sintrasp), Ronaldo Branco, a categoria repudia o projeto que está para ser liberado. “O reajuste é muito baixo e apresenta defasagem imensa. Não é suficiente e por isso a categoria se uniu”, afirmou.

Ainda conforme Branco, as atividades dos órgãos públicos não foram comprometidas. "Trouxemos representantes, o que não comprometeu os serviços para a população", ressaltou.

 

Posicionamento da Prefeitura

G1 entrou em contato com a Prefeitura de Uberlândia que esclareceu, em nota, que o reajuste dos salários dos servidores foi definido com base em estudos técnicos e levando em consideração a atual situação orçamentária do município.

"O Município reitera que o reajuste proposto respeita as presentes condições financeiras e é superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2018 – acumulado em 3,43% de janeiro a dezembro", finalizou o comunicado.

 

Sessão suspensa

Segundo ele, os servidores permaneceriam na Casa até a votação do projeto, que poderia ocorrer ainda nesta segunda-feira.

Contudo, a sessão foi encerrada por volta de 11h pelo presidente da Casa, o vereador Hélio Ferraz (PSDB), o Baiano, que argumentou não haver condições para o prosseguimento dos trabalhos devido ao barulho dos manifestantes. Ainda não há previsão da retomada da sessão.

egundo o vereador Baiano, uma das medidas para solucionar o impasse é reunir representantes dos sindicatos com os vereadores em uma audiência nesta semana para a tentativa de um acordo. Caso seja aprovado pela Câmara, o aumento salarial passará a valer a partir deste mês.

 

Paralisação na educação

Conforme o Sindicado dos Professores Municipais de Uberlândia (Sindi-PMU), ao menos 20 escolas municipais da rede de ensino municipal pararam as atividades total ou parcialmente nesta segunda-feira (03), como forma de protesto contra à proposta de reajuste salarial da Prefeitura.

De acordo com o presidente do Sindi-PMU, Edeílson Pereira da Silva, o motivo central da paralisação é o índice de reajuste oferecido aos servidores públicos municipais que, segundo ele, foi abaixo da inflação e é considerado insuficiente pela categoria.

Em nota, a Prefeitura informou que, das 67 escolas de ensino infantil municipal na cidade, três paralisaram totalmente e 14 parcialmente. Já no ensino fundamental, das 54 escolas, cinco paralisaram totalmente e nove parcialmente.

A Prefeitura disse ainda que "em respeito à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei federal 9.394/96) as aulas não ministradas serão repostas para que seja cumprida a oferta de 200 dias letivos aos estudantes".

Silva também reforçou que o limite mínimo de dias letivos por ano não será prejudicado pela paralisação desta segunda-feira.

 

Matéria e foto publicada no site G1, na data 03/06/2019.