O prefeito Odelmo Leão (PP) sancionou as leis que tratam da recomposição salarial de 3,5% dos servidores municipais e dos que integram o quadro da Câmara Municipal de Uberlândia. Os textos foram publicados no Diário Oficial do Município desta terça-feira (18) horas depois de terem sido analisados e aprovados pelo Legislativo.
A revisão passa a valer para servidores da Administração Direta e autarquias. Durante as discussões, houve protesto de servidores na Casa que eram contrários ao índice estipulado pela Administração Municipal. A categoria também alegou falta de diálogo antes da definição do reajuste, que está abaixo da inflação e que motivou o indicativo de greve para esta quarta-feira (19).
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Uberlândia (Sintrasp), Ronaldo Branco, a greve está mantida até segunda ordem, mas uma nova assembleia deve ser convocada após o feriado para definir junto aos trabalhadores a pauta sindical.
“Estávamos esperando a sanção do prefeito e nós vamos manter a greve até que a gente tenha condição de falar com o trabalhador. Com a publicação, o risco iminente que justificou a chamada [pauta da greve] cai por terra. O trabalhador tem que ter isso esclarecido e nós vamos cobrar na Justiça a diferença que nos é devida”, comentou.
VOTAÇÃO
O texto que havia sido retirado pela Prefeitura foi reenviado nesta segunda (17) à Câmara. Assassinada por nove vereadores, uma emenda chegou a ser votada prevendo que o percentual fosse igual a perdas acumuladas pela inflação.
Desta forma, o reajuste seria dos 3,5% previstos pelo prefeito somados a outros 4,08% pedidos pelo grupo de vereadores que assinaram a emenda, sendo eles Thiago Fernandes (PRP), Felipe Felps (PSB), Adriano Zago (MDB), Dra. Jussara Matsuda (PSB), Silésio Miranda (PT), Vico (PTC), Michele Bretas (Avante), Ismar Prado (PMB) e Paulo César - PC (SD).
O total de 7,58% seria igual ao acumulado inflacionário de 12,08% entre os anos de 2016 e 2018 junto ao reajuste de 4,5% dado no ano passado pela Prefeitura. A emenda tinha parecer contrário da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, sob o argumento de criação de despesas, não apresentação de impacto financeiro no Município e ainda pelo fato de que proposições salariais são de exclusividade do Executivo.
O texto original do projeto foi aprovado por 23 votos favoráveis e três ausências justificadas. O parecer contrário à emenda foi mantido em plenário com 14 votos favoráveis ao veto da comissão e oito votos contrários, além de quatro ausências.
Matéria realizada pelo site Diário de Uberlândia, na data 18/06/2019.