Os seis réus do processo que apura suspeita de irregularidades em contratos do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) com a construtora Araguaia Minas, entre 2009 e 2010, estiveram em uma audiência de interrogatório nesta segunda-feira (17).
Eles foram investigados e presos em 2018 durante a Operação "Poseidon". Na época o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) revelou que cerca de R$ 8 milhões foram pagos pelo Dmae para a Araguaia por serviços não realizados em três contratos.
A reportagem do MG1 acompanhou a audiência e registrou que todos os réus decidiram permanecer em silêncio.
Epaminondas Honorato Mendes, Carlos Henrique Lamounier Borges, Manuel Calhau Neto, João Paulo Voss, David Thomas Neto e o empresário Daniel Vasconcelos disseram ao juiz da primeira vara criminal, José Luiz de Moura Faleiros, que não iriam responder as perguntas.
A defesa informou que todos já haviam colaborado com investigações, prestado os esclarecimentos necessários, pessoalmente e por seus advogados.
O promotor de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE), Daniel Marotta Martinez, disse que somente vai se manifestar nas alegações finais.
O juiz José Luiz Moura Faleiros estipulou prazo de cinco dias para as alegações finais da defesa e do MPE e só então emitirá a decisão.
Operação 'Poseidon'
O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investiga dentro da operação a suposta participação dos denunciados em crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva.
Também há informações sobre possível ocultação de provas relacionadas a contratos firmados pelo Dmae com a Araguaia, entre 2009 e 2010, que são alvo da investigação.
Os promotores do Gaeco apuraram ainda que houve uma diferença de aproximadamente R$ 12 milhões entre os valores pagos pelo Dmae e os serviços executados pela Araguaia Engenharia.
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Matéria realizada pelo site G1, na data 17/06/2019.