Sindicatos que representam o funcionalismo público municipal tiveram uma audiência com representantes da Prefeitura de Uberlândia e do Instituto de Previdência Municipal de Uberlândia (Ipremu) na última quinta-feira (10) para discutir uma série de reclamações de servidores sobre o tratamento dado aos profissionais que precisam de afastamento médico por motivos de cirurgias e doenças de saúde mental.
Estiveram presentes o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Uberlândia (Sintrasp), Ronaldo Branco, o presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Uberlândia (Sindpmu), Edeílson Pereira da Silva, a secretária municipal de Administração, Marly Melazzo, o superintendente do Ipremu, André Goulart e alguns servidores que tiveram problemas.
De acordo com o presidente do Sindpmu, a reunião foi para solicitar à Prefeitura e ao Ipremu, melhor atenção com os servidores que precisam de afastamento médico e um atendimento mais humanizado pela junta médica da Diretoria de Segurança do Trabalho do Município (Desmit) e da perícia do instituto.
“Os servidores vão aos médicos particulares e conseguem 20, 30 dias de afastamento, de acordo com a tabela nacional publicada no parecer n°9/06 do Conselho Federal de Medicina. Mas quando ele passa pela junta médica da Prefeitura e pelo perito do Ipremu, esse período é cortado em 50%. De 20 passa para 10 dias e de 30 para 15. Muitos deles não têm condições de reassumir o cargo devido à debilitação emocional muito forte. As pessoas imploraram por socorro”, disse Edeílson.
Outro ponto questionado é o tratamento dado aos servidores que já se encontram em uma situação emocional abalada. De acordo com Ronaldo Branco, presidente do Sintrasp, Prefeitura e o Ipremu se comprometeram a melhorar o acolhimento, que é um problema recorrente. “Foi uma reunião satisfatória. Só pelo fato do superintendente e a secretária atenderem a reivindicação nossa no que se refere ao trato com os trabalhadores já nos ajuda”.
Porém, o presidente do Sintrasp faz uma ressalva sobre a prerrogativa para o corte no tempo de afastamento autorizado por um médico e revisto pela junta e o perito do Ipremu. “Buscamos saber por que a junta médica da Prefeitura e a perícia médica do Ipremu têm a prerrogativa de reduzir isso em casos até 1/3 do tempo. Os sindicatos querem entender o porquê”.
Ronaldo Branco ainda afirmou que deixou o clube social do sindicato, que fica localizado no bairro Jardim das Palmeiras, à disposição para que sejam realizados projetos de bem-estar para o servidor público municipal.
Após o término da reunião, Edeílson Pereira espera que os casos sejam reavaliados. “Agora esperamos que sejam reavaliados os casos que foram negados, com pedidos de readaptação para quem não tem condição de ministrar uma aula”.
O Diário de Uberlândia entrou em contato com a Prefeitura de Uberlândia, mas até o fechamento da edição não recebeu nenhum posicionamento.
Matéria publicada no site Diário de Uberlândia, na data 12/10/2019.