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Assessores de Juliano Modesto são exonerados da Câmara de Uberlândia; vereador foi preso após operação

Na última quarta-feira (13), parlamentar foi substituído pelo suplente e houve confusão nos gabinetes da Casa. Ele está preso desde 15 de outubro e foi suspenso de partido político.

Quinze assessores do vereador preso Juliano Modesto (Solidariedade) foram exonerados pela Câmara Municipal de Uberlândia. A portaria que oficializa a exoneração foi publicada nesta terça-feira (19) no Diário Oficial do Legislativo.

Eles deixam de ser vinculados à Casa nesta quarta-feira (20), de acordo com documento assinado pelo presidente Hélio Ferraz (PSDB), o Baiano.

Na última quarta-feira (13), Walquir Cleuton do Amaral (SD), suplente de Modesto, tomou posse na Câmara. Ele ocupa a cadeira que está vaga há mais de 30 dias depois que o vereador foi preso após investigação do Ministério Público. No dia da posse, uma confusão foi registrada nos gabinetes, já que os assessores de Modesto ainda ocupavam a sala.

Juliano Modesto foi detido no dia 15 de outubro após operações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele ficou foragido durante quatro dias até se apresentar.

Entre os assessores exonerados, está Carlos da Mata, que foi preso junto com Modesto e é investigado pelas operações O Poderoso Chefão e Torre de Babel.

Outros vereadores

Outras duas cadeiras seguem vazias na Casa, já que Alexandre Nogueira (PSD) e Wilson Pinheiro (PP) também estão presos após a Operação "Poderoso Chefão". Contudo, ainda não completaram 30 dias do prazo que os suplentes deles assumam a vaga.

Poderoso Chefão

Segundo o MPMG, a Operação “Poderoso Chefão” investiga uma organização criminosa que atua no desvio de recursos públicos vindos de contratos de prestação de serviço público municipal de transporte de alunos.

O Gaeco apura crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro por dirigentes e empresas com ligação à Cooperativa dos Transportadores de Passageiros e Cargas (Coopass) e à ATP, prestadoras de serviço de transporte escolar à Prefeitura.

Esquema

Segundo investigações, a quadrilha lavava dinheiro por meio de laranjas e diversas empresas que estavam em nomes de dirigentes da Coopass e da ATP.

O esquema contemplava falsificação de documentos e adulteração de quilometragem percorrida pelos veículos para que fosse feito o repasse dos valores superfaturados à ATP.

Torre de Babel

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Uberlândia realizou no dia 10 de outubro a Operação "Torre de Babel". Mandado de prisão foi cumprido contra o vereador Juliano Modesto (SD) e outro, de busca e apreensão, contra o vereador Alexandre Nogueira (PSD).

O objetivo foi combater uma organização criminosa responsável por ameaças e obstrução da Justiça, que impediam a investigação de eventuais crimes cometidos em 2017, como peculato, falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro.

Matéria publicada pelo site G1 na data 20/11/2019.