O vereador de Uberlândia Ismar Prado (PMB) entregou a renúncia do cargo à Câmara nesta sexta-feira (22). O advogado do parlamentar também protocolou no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), na tarde desta sexta, o anúncio do desligamento de Ismar Prado do Legislativo de Uberlândia.
Ismar Prado prestou depoimento, nesta quinta-feira (21), ao MPMG sobre as investigações da Operação "Poderoso Chefão". Ele admitiu ter usado notas fiscais faltas emitidas por uma empresa de fachada para destinar verbas indenizatórias, que não houve a prestação de serviços e que o dinheiro foi desviado.
Diante disso, o parlamentar fez um acordo com a promotoria de devolver o montante desviado aos cofres da Câmara de Uberlândia, além de renunciar ao cargo de vereador.
Entenda o caso
O vereador Ismar Prado (PMB) e o ex-parlamentar Willian Alvorada fizeram acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), nesta quinta-feira (21), depois de prestarem depoimentos para as investigações da Operação "Poderoso Chefão" em Uberlândia.
Conforme o promotor Daniel Marotta, eles admitiram que usaram notas fiscais faltas emitidas por uma empresa de fachada para destinar verbas indenizatórias, que não houve a prestação de serviços e que o dinheiro foi desviado.
De acordo com o promotor, Ismar Prado informou em depoimento que, em razão de dívidas cobradas por agiotas e ameaças, acabou fazendo uso da empresa de fachada para poder desviar dinheiro público. Já William Alvorada disse que, como não foi reeleito e tinha dívidas de campanha, desviou os valores nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2016 para saldar dívidas de campanha.
Segundo Marotta, Ismar Prado deve devolver à Câmara R$ 130 mil e Willian Alvorada R$ 34 mil, valores já atualizados.
Matéria publicada pelo site G1 na data 22/11/2019.