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Comissão recebe denúncia para prosseguir com cassação de Alexandre Nogueira em Uberlândia

Nesta quinta-feira (5), votação na Câmara dos vereadores aprovou pedido e comissão foi criada. Político está preso desde 25 de outubro pelo Gaeco.

Preso desde 25 de outubro em Uberlândia, o vereador afastado Alexandre Nogueira (PSD), pode ter o mandato parlamentar cassado. Depois de votação na Câmara Municipal nesta quinta-feira (5), a maioria dos vereadores votou a favor do pedido. O resultado é diferente da votação para vereador Márcio Nobre, do mesmo partido, que também teve o pedido de cassação em discussão, mas por uma suposta irregularidade em 2013. No caso dele, a maioria votou pelo não prosseguimento.

Alexandre Nogueira

Nogueira é investigado por suposto envolvimento em desvio de recursos do serviço municipal de transporte de alunos. Nesta sexta-feira (6), a comissão especial criada para dar sequência ao rito recebeu a denúncia oficial, conforme manda o regimento interno. A Casa confirmou a informação ao MG1.

Estão à frente da comissão, os vereadores Silésio Miranda (PT), como presidente, Thiago Fernandes (PRP), como relator, e Pastor Átila Carvalho (PP), como membro.

Prazos

Agora, a equipe formada tem cinco dias para notificar a denúncia ao Presídio Jacy de Assis, por meio da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), onde Nogueira está preso.

Depois da notificação, a defesa tem dez dias para apresentar recurso e peça de argumentação. Em seguida, a comissão tem 90 dias para analisar os dois lados e, por fim, dar o parecer.

Defesa

Na votação desta quinta-feira, Nogueira recebeu 24 votos a favor da cassação e duas abstenções. Sobre isso, o advogado de defesa dele reforçou que só vai se manifestar quando for intimado pela Justiça.

O Poderoso Chefão

Operação “O Poderoso Chefão” investiga uma organização criminosa que atua no desvio de recursos públicos vindos de contratos de prestação de serviço público municipal de transporte de alunos. Após ações, três vereadores foram presos e um renunciou ao cargo.

O Gaeco apura crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro por dirigentes e empresas com ligação à Cooperativa dos Transportadores de Passageiros e Cargas (Coopass) e à ATP, prestadoras de serviço de transporte escolar à Prefeitura.

Esquema

Segundo investigações, a quadrilha lavava dinheiro por meio de laranjas e diversas empresas que estavam em nomes de dirigentes da Coopass e da ATP, ligadas aos vereadores investigados.

 

Matéria publicada no site G1, na data 06/12/2019.