Regilda Célia Siqueira é apontada como a principal articuladora de esquema que envolve mais de 70 construtoras da cidade.
Apontada como a principal articuladora de um esquema de corrupção entre construtoras e servidores municipais de Uberlândia, a engenheira Regilda Célia Siqueira, de 54 anos, teve a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que informou que ela foi liberada mediante alvará de soltura expedido pela Comarca de Uberlândia na última sexta-feira (6).
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), informou que a prisão preventiva foi revogada pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia com concordância do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Por ser ré primária e possuir residência fixa, Regilda cumprirá prisão domiciliar e está sendo monitorada por tornozeleira eletrônica.
A suspeita foi presa no dia 15 de novembro e encaminhada para o Presídio Jacy de Assis. Ela é investigada por viabilizar o uso de laranjas na aprovação de empreendimentos locais e ter movimentado milhões de reais com o esquema ilícito. As construtoras envolvidas teriam subornavam os funcionários públicos, conforme o MPMG.
Ainda de acordo com o Ministério Público, Regilda atuava junto com o também ex-servidor da Prefeitura de Uberlândia Guilherme Augusto Soares Mota. Ela fazia captação de clientes, prestação serviços e eles dividiam os lucros ilícitos.
A investigação aponta que mais de 70 construtoras teriam pago propina para terem projetos fora dos padrões aprovados na Secretaria de Planejamento Urbano e, agora, algumas delas estão fazendo acordos de leniência, que seguem em segredo de Justiça.
À produção da TV Integração, o advogado de Regilda disse que não teve acesso à decisão do juiz que mandou sua cliente para prisão domiciliar, e por isso, não iria se pronunciar. O advogado de Guilherme Mota não atendeu às ligações.
Matéria publicada no site G1, na data 09/12/2019.