Suplente assumiu cadeira de Ismar Prado após renúncia do vereador no último mês na Câmara de Uberlândia
O juiz da 3ª Vara Criminal da comarca de Uberlândia acatou parcialmente os pedidos do Ministério Público Estadual (MPE) e determinou, nesta quinta-feira (12), a suspensão imediata do vereador Marcelo Cunha (sem partido) do cargo na Câmara Municipal. O parlamentar é suplente de Ismar Prado e assumiu a cadeira no Legislativo após renúncia do ex-vereador, que confessou desvio de recursos da verba indenizatória durante os desdobramentos da operação O Poderoso Chefão.
O pedido foi feito após o oferecimento da denúncia por crime de fraude à licitação, protocolada na última semana no Judiciário. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) acusou Marcelo, enquanto diretor administrativo da Câmara em 2015, em proceder com a contratação irregular do escritório de advocacia que acompanhou a CPI das Vans, sem observar a legislação em casos de dispensa ou inexigibilidade de licitação.
Marcelo Cunha havia sido empossado no dia 26 de novembro e chegou a participar das sessões deste mês. Ao oferecer a denúncia, os promotores do Gaeco também solicitaram a decretação da prisão preventiva dos vereadores Wilson Pinheiro (PP), Alexandre Nogueira (PSD) e do ex-controlador do Legislativo, Adeilson Barbosa. Contudo, o juiz negou os pedidos entendendo que a contratação já estaria abrangida nas investigações da operação. Os três réus já haviam sido presos na deflagração da operação em outubro.
A reportagem procurou a assessoria do vereador que informou que o parlamentar não foi notificado pela Justiça sobre a decisão, que ainda cabe recurso. O Diário também entrou em contato com o presidente da Câmara, Hélio Ferraz-Baiano, mas as ligações não foram atendidas.
Conforme o resultado das eleições de 2016, o segundo suplente da chapa de Ismar seria o candidato Odair José da Silva, que obteve 934 votos válidos no pleito.
Máteria publicada pelo site Diário de Uberlândia na data 12/12/2019.