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Felipe Felps fecha acordo e também renuncia ao cargo de vereador

Acordo foi assinado poucas horas após o vereador Ricardo Santos também renunciar nesta sexta-feira (20); cinco já renunciaram após confissão
Depois da saída de Ricardo Santos (PP) por uso irregular da verba indenizatória, ainda na manhã desta sexta-feira (20), o também vereador Felipe Felps (PSB) renunciou ao cargo. A informação foi confirmada pelo Ministério Público Estadual (MPE), que adiantou que o acordo segue os mesmos moldes aos que estão sendo celebrados. Felps terá que devolver R$ 200 mil à Câmara Municipal de Uberlândia.

Pela ordem de suplência, o ex-vereador William Alvorada (PSB) seria o primeiro com direito a exercer a cadeira de Felps na Câmara de Uberlândia, já que recebeu 2.544 votos nas últimas eleições. Porém o vereador também foi alvo das investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na operação O Poderoso Chefão, e assinou acordo para não ser preso e responder ao processo.

Alvorada confessou que usou notas ideologicamente falsas da empresa de fachada Ideal Assessoria e Serviços, desviando os recursos da verba indenizatória. A segunda suplente pelo partido é Jerônima Carlesso, com 2.361 votos.

PRISÕES
Vinte vereadores da cidade, incluindo Alexandre Nogueira (PSD) e Juliano Modesto (suspenso do SD) que já estavam afastados dos cargos por outros crimes, são investigados na operação Má Impressão. Após receber série de denúncias e diante à confissão de donos de gráficas da cidade, o Gaeco identificou várias fraudes no uso da verba indenizatória por parte da maioria dos alvos que se apropriou do dinheiro público ou usou o dinheiro para aquisição de materiais não permitidos pela legislação, a partir do uso de notas frias.

Os desvios já foram confessados por Ismar Prado (PMB), que renunciou no mês passado, e o ex-vereador William Alvorada, na operação O Poderoso Chefão. Agora, quatro vereadores presos na última operação também confessaram o uso irregular dos recursos da verba de gabinete e renunciaram aos cargos no Legislativo, são eles: Dra Flávia Carvalho (PDT), Roger Dantas (Patriota), Ricardo Santos e agora o vereador Felipe Felps.

Com a assinatura dos termos de não persecução penal, os vereadores saem do presídio e deixam de responder a processo criminal desde que cumpram todas as medidas do acordo e não estejam envolvidos em outros crimes, que podem ser investigados posteriormente pelo Ministério Público.

O prazo das prisões temporárias dos vereadores que permanecem presos, e não fizeram acordos ou não conseguiram comprovar ainda os gastos irregulares, finaliza à meia-noite desta sexta-feira. O Gaeco poderá pedir a prorrogação da prisão por mais cinco dias para conseguir finalizar as investigações ou, ainda, pedir que o Judiciário converta em prisões preventivas.
Máteria publicada no site Diário de Uberlândia na data 20/12/2019.