Esse é o reflexo de quase quatro anos agüentando as irresponsabilidades desta gestão, isso é o resultado de uma péssima gestão publica e principalmente esse é o um servidor cansado que precisa pagar suas contas e sustentar sua família, um servidor que acaba chegando ao ponto de ter que parar porque não agüenta mais essa insegurança. Nunca tivemos em Uberlândia um administração tão ruim, que não tem respeito com os servidores públicos municipais, queremos nosso salário, queremos pagar nossas contas, queremos alimentar nossos filhos, será que isso é pedir de mais?

Confira abaixo mais uma matéria do Jornal Correio de Uberlândia. Amanha a paralisação continua! Queremos nossos salários!

Sessenta escolas devem continuar paralisação nesta sexta-feira

Sessenta das 117 escolas do município devem interromper totalmente as atividades nesta sexta-feira (12)devido à falta de pagamento dos salários de julho, prevista para ser acertado nesta quinta-feira (11). Até as 19h30 de hoje o pagamento prometido ainda não havia sido creditado.

Milhares de servidores municipais de Uberlândia, liderados por professores, paralisaram as atividades nesta manhã no Centro Administrativo e devem continuar com a rotina suspensa na sexta-feira. As outras unidades também podem ter funcionamento parcial.

Outros serviços, como Conselho Tutelar e Centro de Controle de Zoonoses, também tiveram parte dos serviços cancelados. Ainda não há confirmação se o movimento será até o recebimento do salário ou será prolongado por meio de uma possível greve.

Os trabalhadores da educação e de outros setores estão tendo, há quatro meses, seus salários parcelados. No último dia 29, eles receberam R$700 reais relativos ao trabalho prestado no mês de julho, com a confirmação de que o restante do pagamento seria efetuado nesta quinta-feira.

O prefeito Gilmar Machado informou, hoje, à reportagem, que, ainda durante a tarde, efetuaria o pagamento integral de 12 mil servidores, o que representa 80% do efetivo, porém o pagamento ainda não foi efetuado. Os outros 3 mil profissionais, segundo o prefeito, são servidores com cargos comissionados, que receberão na próxima semana.

Parte do efetivo lotou as cadeiras da Câmara Municipal e representantes do movimento discursaram na tribuna, pedindo o acerto dos salários e melhores condições de trabalho. Nesta sexta, outra reivindicação está marcada no mesmo local.


Mãe de aluno da rede municipal apoia o movimento

A dona de casa Andreia Muniz, mãe de um aluno de 4 anos da Escola Municipal de Educação Infantil do bairro Dom Almir, na zona leste da cidade, disse que, apesar do filho ter perdido aula, é favorável ao movimento. “Apoio sim, porque sem professores não tem educação nem futuro. Eles são ótimos e precisam ser valorizados. Mas do jeito que está não pode, as condições das escolas também estão péssimas”, disse.

Para Anatália Odete, professora há 22 anos no município, o servidor deve ser tratado em primeiro lugar. “É inadmissível que trabalhemos, pontualmente, todos os dias e nosso salário não esteja na conta. Estou brigando pela dignidade de poder levantar para trabalhar e deixar meus filhos alimentados”, afirmou.

Na visão da também da professora Ana Paula Victor, a situação é preocupante para todos que dependem de salários da administração municipal. “Estamos aqui com tristeza, mas com muita determinação. Porque, do jeito que vai, o servidor vai entrar em falência devido ao superendividamento”, disse.

Prefeito atribui atrasos ao repasse do Estado

A Prefeitura informou que salário não seria quitado, pois o repasse de verbas semanais por parte do Estado foi feito no valor de R$9 milhões, valor 24% menor que o previsto, de R$15 milhões. As verbas são relativas ao Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).

Em nota, a Secretaria de Estado de Fazenda informou que “em momento nenhum, houve atraso dos referidos repasses” e que, em relação ao último depósito “o valor só não foi maior por uma questão de calendário, que reflete diretamente o número de dias de arrecadação do ICMS”.

De acordo com o prefeito, desde que assumiu o cargo, em 2012, houve queda, em valores ajustados pela inflação, de R$90 milhões nas quantias enviadas pelo governo de Minas Gerais, o que tem gerado dificuldade no orçamento do município.

Machado também afirmou que, atualmente, devido à crise econômica no País, a Prefeitura não tem condições para criar uma reserva emergencial para assegurar os salários em dia. “Hoje, temos um fundo para manter apenas o básico da população e não fechar escolas e saúde, como fizeram vários municípios. Estamos ainda nos mantendo porque melhoramos nossa gestão e capacidade, mas tem coisa que não depende de nós”, afirmou.