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Sexta-feira marcada por greve dos servidores

Nesta sexta-feira houve mais protesto dos servidores na cidade de Uberlândia, acompanhe abaixo a matéria do Jornal Correio de Uberlândia do dia 12 de agosto.



Uberlândia tem novo dia de protestos de servidores municipais


Centenas de servidores municipais, em sua maioria da Educação, voltaram a protestar, na manhã desta sexta-feira (12), na Câmara Municipal e no Centro Administrativo de Uberlândia, mesmo após o salário de 80% dos profissionais ter sido depositado pela Prefeitura durante a manhã. Eles reivindicam o fim do parcelamento da remuneração e exigem o recebimento de benefícios atrasados, como vale-alimentação.

Este foi o segundo dia seguido de protestos. Na manhã de hoje, os educadores lotaram o plenário da Câmara Municipal e discursaram na tribuna contra o que eles classificaram como desvalorização de sua carreira.

Nesta sexta-feira, cerca de 80 das 117 escolas da rede municipal tiveram as aulas paralisadas totalmente. Diversas outras unidades funcionaram parcialmente. Na quinta-feira (11), 40 instituições já haviam paralisado os trabalhos. A normalização dos dias letivos está prevista para acontecer na próxima terça-feira (16).

Os líderes do movimento disseram que, no dia 24 deste mês, a situação será discutida em assembleia com servidores de vários setores do município. Eles ameaçam greve por tempo indeterminado caso a política de remuneração parcelada continue. Profissionais da Saúde também estão com os salários de julho atrasados e devem receber, pelo cronograma da Prefeitura, na próxima semana.

Para o professor José Luiz Calixto, o atraso do pagamento não é a única reclamação e serviu apenas como estopim para o início de uma mobilização. “É uma reivindicação geral por melhorias de condições de trabalhos, que são péssimas. Queremos plano de carreira, reajustes que não foram feitos e o fim do parcelamento de salário”, afirmou.

Professora há 18 anos, Maria Julia Toledo disse estar indignada. “É a terceira vez que mudo a data dos meus boletos de cobrança. As minhas contas estão atrasadas. É horrível trabalhar e não receber”, afirmou.



Movimento

O movimento de protesto dos servidores começou na última quarta-feira (10), após anúncio da Prefeitura de que os salários dos servidores, programado para ser quitado na quinta-feira (11), não seriam mais depositados nesta data. O motivo, segundo a administração municipal, seria o repasse de verbas semanais do Estado ter sido 24% menor que o previsto, totalizando R$ 9 milhões, quando eram esperados R$ 15 milhões.

Ainda na quinta-feira (11), após a pressão dos servidores, o prefeito Gilmar Machado anunciou que pagaria o salário integral de 12 mil profissionais.

O prefeito afirmou à reportagem, na manhã de quinta-feira (11), que Uberlândia está sofrendo as consequências da grave crise econômica que assola o País. Ele também garantiu que está trabalhando para a normalização do pagamento de cada servidor, mas que existem circunstâncias que estão além de sua vontade, como o repasse de verbas do Estado.