Acompanhe abaixo a matéria do site G1 do dia 17/02/2017.
Servidores desocupam a Câmara de Uberlândia após 5 dias acampados
Última sessão ordinária de fevereiro ocorreu a portas fechadas.
Categoria alega suspensão temporária do movimento e paralisações.
A ocupação dos servidores municipais que reivindicam o salário atrasado de dezembro completou o 5º dia consecutivo na Câmara Municipal de Uberlândia e, após assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (17), a classe decidiu desocupar o prédio e suspender as paralisações e protestos provisoriamente que ocorrem desde o dia 7. A desocupação no Legislativo ocorreu por volta das 11h50.
Segundo um dos professores que participa da ocupação, Ronan Hungria, a intenção é retomar as ações no próximo mês dando prazo para que o Município possa reaver a situação, pagando o que está atrasado, ou fazer com que o movimento ganhe ainda mais força.
A Prefeitura de Uberlândia informou que tem trabalhado para equacionar o pagamento da dívida deixada pelo prefeito anterior ao mesmo tempo em que mantém a normalidade nos serviços prestados à população uberlandense.
Antes da assembleia, os acampados informaram à reportagem que haviam liberado o plenário, porém a última sessão ordinária de fevereiro continuou sendo realizada a portas fechadas no Legislativo.
A assessoria da Casa esclareceu que até as 10h ainda havia colchões no espaço e, por isso, a 10ª sessão ordinária também foi realizada na sala de reuniões João Pedro Gustin. Em virtude do recesso de carnaval, as atividades no Legislativo serão retomadas no dia 6 de março.
O vereador Adriano Zago foi o único a se ausentar das sessões fechadas. Em justificativa enviada à Mesa Diretora, o parlamentar esclareceu que as ausências se deram por discordância da forma como as reuniões foram realizadas uma vez que o regimento da Casa dispõe sobre serem públicas. Segundo ele, as sessões não foram deliberadas como secretas e mesmo assim o acesso ao público foi vedado.
Apesar das ponderações de Zago, a assessoria informou que as sessões na sala interna foram legais, conforme aval da Procuradoria da Câmara.
Durante a manhã, os servidores programaram algumas mobilizações no Centro Administrativo Municipal. Na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) do Bairro Planalto, os alunos de período integral foram dispensados em virtude da falta de auxiliares de serviços administrativos (ASAs).
O G1 entrou em contato com a instituição e foi informado que como as auxiliares optaram pela paralisação na data de hoje por causa da falta de pagamentos, a escola não tinha como manter os alunos sem a merenda escolar. A previsão é de que as atividades sejam normalizadas na próxima segunda-feira.
De acordo com a Prefeitura, mais de 97% das escolas da rede estão tendo aulas. Nas demais áreas, os atendimentos também estão ocorrendo normalmente. Em nota enviada à imprensa, o Município informou que os salários de dezembro atrasados somam aproximadamente R$ 60 milhões.