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Câmara de Uberlândia é ocupada

Acompanhe abaixo a matéria do site G1 do dia 14/02/2017.

 

Com ocupação, sessão da Câmara de Uberlândia muda de lugar

Grupo de 30 pessoas diz que só sai após negociação com a Prefeitura.
Servidores afirmam que foram proibidos de entrar; Município avalia situação.

Um grupo de servidores da Educação composto por cerca de 30 pessoas continua ocupando o plenário da Câmara Municipal de Uberlândia. Devido a isso, a sessão ordinária desta terça-feira (14) foi transferida para uma sala interna do Legislativo. Integrantes do movimento informaram ao G1 que a vigilância proibiu a entrada de novos servidores no plenário e está permitida apenas a saída dos que estão manifestando.

A ocupação foi iniciada ontem por volta das 11h em reivindicação ao pagamento do salário atrasado de dezembro de 2016, o depósito do tíquete alimentação - atrasado desde julho do ano passado, e repasses inflacionários. Os servidores ficaram em vigília durante a noite, dizendo que só saem após previsão de pagamento dos salários referentes a dezembro.

 

A Prefeitura de Uberlândia, por meio da assessoria de comunicação, informou que continua trabalhando intensamente para verificar as alternativas possíveis e legais para pagar as dívidas salariais de dezembro de 2016, sem prejudicar a população com os serviços públicos essenciais, como saúde, educação e as áreas sociais. Além dos cálculos para tentar equacionar os débitos, a Administração tem mantido constante diálogo com o funcionalismo para demonstrar a situação financeira caótica deixada pela gestão anterior e reforçar a preocupação e as ações feitas para retomar a normalidade no fluxo de pagamentos dos servidores.

Em relação à transferência da sessão, o G1 entrou em contato com o presidente da Câmara, Alexandre Nogueira, e foi informado pela assessoria do vereador que não havia condições de realizar a sessão aberta no plenário por causa da quantidade de colchões que estão no local.

Os trabalhos foram realizados na sala João Pedro Gustin, durante quase duas horas. Durante a sessão improvisada foi votado o projeto de autoria de Odelmo Leão, que dispõe sobre o reconhecimento da condição de associado do Município de Uberlândia perante a Associação dos Municípios de Interesse Turístico da Alta Mogiana ( Amitam) - Circuito Turístico da Alta Mogiana e dá outras providências. Foram 22 votos favoráveis e quatro ausências.

 

Ocupação

Uma professora da rede municipal que optou por não se identificar é uma das servidoras que participam da mobilização desde o início. Segundo ela, o grupo só vai sair do plenário após negociação com o prefeito Odelmo Leão ou sob liminar de reintegração de posse. “Tivemos vigília noturna, recebemos muito donativos e a nossa pauta é resistir até que saia uma data. Se não tem data, não tem negociação”, disse.

 

Ainda segundo a servidora, a vigilância do Legislativo proibiu a entrada de novos servidores no plenário. Outros servidores que tentaram entrar no prédio também reclamaram que, em alguns momentos, foi utilizada a força física para impedir a entrada.

A assessoria de Alexandre Nogueira disse que não há nenhuma autorização para fazer uso da força bruta contra os manifestantes e que os trabalhos de vigilância são feitos apenas no sentido de conter excessos e tumultos. Ainda não foi discutida a possibilidade de recorrer ao Judiciário para tentar desocupar a Casa.