Marcos Botelho respondeu questionamentos dos membros da comissão e falou de aplicações deram um saldo positivo. Presidente da CPI diz que fala foi esclarecedora.
A Câmara de Uberlândia realizou nesta segunda-feira (5) a quinta reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a situação do Instituto de Previdência Municipal de Uberlândia (Ipremu), que contabiliza déficit bilionário.
O ex-superintendente do Ipremu, Marcos Botelho, foi ouvido por cerca de duas hora. Ele respondeu a todos os questionamentos dos membros da comissão e falou que de 2013 a 2016 as aplicações que o Ipremu investiu deram um saldo positivo. E que tudo era definido em conjunto no comitê de investimento.
"No primeiro ano deu prejuízo de R$ 1,5 milhão, mas foi o único ano que ocorreu isso, no segundo ano houve lucro R$ 44 milhões, no terceiro de R$ 55 milhões e no quarto uma rentabilidade positiva de R$ 77 milhões. Eu não concordo com a posição do que se esperava ganhar e não ganhou. Pode acontecer de não bater a meta, mãs isso não é dar prejuízo", explicou.
O objetivo da CPI é saber a real situação financeira da autarquia, que apresenta indícios de irregularidades em aplicação de parte dos recursos em fundos de investimento de risco entre 2013 e 2016 e que acarretaram prejuízos ao erário.
O presidente da CPI, vereador Wilson Pinheiro, disse que o depoimento de Botelho foi esclarecedor, mas acredita que os investimentos feitos na administração dele foram temerosos. "O principal motivo para aplicar é rentabilidade. O dinheiro é publico e teve fundos que o Ipremu foi praticamente que fundou, é bom um pouco de cautela. Tudo isso vai ser levado em conta no relatório final", disse.
A última reunião da CPI está prevista para ocorrer na Câmara na próxima segunda (12). Na ocasião serão ouvidos um gerente da Caixa Econômica Federal e o ex-prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado.
"Agora queremos esclarecimentos do Gilmar sobre o valor não repassado ao Ipremu em relação aos valores a contribuição patronal do município e também o também sobre o dinheiro recolhido dos servidores", finalizou Pinheiro.
Fonte: Site G1
Data: 05/06/2017