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Vereadores integram CPI para investigar Ipremu em Uberlândia

Objetivo é apurar a real situação financeira da autarquia, que contabiliza déficit bilionário. Início dos trabalhos já tem data marcada.

Os cinco vereadores que vão compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades no Instituto de Previdência Municipal de Uberlândia (Ipremu) foram definidos durante sessão ordinária, nesta terça-feira (18), na Câmara. Além da vereadora Michele Bretas (PSL), que propôs a abertura da comissão, foram escolhidos Wilson Pinheiro (PP), Felipe Felps (PSB), Roger Dantas (PEN) e Juliano Modesto (SD).

De acordo com Bretas, a primeira reunião da CPI está agendada para esta quinta-feira (20), às 10h, na Câmara Municipal. Na oportunidade serão definidos o presidente e relator da comissão e, posteriormente, será dado início aos trabalhos. “A partir daí, iremos iniciar os encaminhamentos e começar a analisar documentos e fazer os interrogatórios necessários”, disse.

As investigações deverão se estender pelo prazo de 90 dias, podendo ser prorrogável pelo mesmo período. O requerimento para a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a situação do Instituto foi protocolado e aprovado no início do mês com 25 assinaturas.

O objetivo da CPI é apurar a real situação financeira da autarquia, que contabiliza déficit bilionário e apresenta indícios de irregularidades em aplicação de parte dos recursos em fundos de investimento de risco entre 2013 e 2016, acarretando prejuízos ao erário.

 

Situação Ipremu

A situação financeira do Ipremu foi discutida várias vezes na Câmara Municipal durante o ano passado. O motivo foram denúncias de atrasos no repasse da cota patronal e questionamentos sobre como eram feitas as aplicações financeiras pela direção do instituto.

Justificativas foram dadas pelo então superintendente que, na época, esclareceu que a dívida referente aos atrasos de 2015 foi negociada e garantiu que a parte dos servidores, que são 11% descontados nos salários mensais de cada um deles, estava sendo repassada normalmente.

Depois de constatar déficit de mais de R$ 1,7 bilhão, a atual gestão publicou a contratação emergencial de uma auditoria financeira e tributária para a apurar os cálculos.

O prefeito Odelmo Leão (PP) disse que R$ 340 milhões foram alocados em fundos de risco, sem garantias e sem liquidez. Informou, ainda, o prejuízo de quase R$ 95 milhões com as aplicações.

Em entrevista coletiva, o ex-prefeito Gilmar Machado confirmou que 53% dos recursos do Ipremu estavam investidos em fundos, mas rebateu os cálculos da nova admnistração e disse que assumiu o Ipremu com R$ 380 milhões, entregando com R$ 630 milhões positivos.

Fonte: Site G1

Data: 19/04/2017