Necessidade do decreto de calamidade financeira esteve entre principais questionamentos. Discussão ocorreu durante sessão desta quarta-feira (6).
Representantes da Prefeitura de Uberlândia apresentaram balanço da execução financeira do Município durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Uberlândia desta quarta-feira (6). A convocação do secretário de Finanças, Henckmar Borges Neto, e do contador-geral, José Randal da Cunha, foi requerida pelo vereador e presidente da Comissão de Finanças da Casa, Thiago Fernandes (PRP).
Também compareceram no plenário para prestar os esclarecimentos o secretário Municipal de Gestão Estratégica, Raphael Leles, o diretor da empresa de Processamento de Dados de Uberlândia (Prodaub) e o assessor tributário Bittencourt Eurípedes de Lima.
Entre os dados apresentados, o alto escalão do Executivo informou que as dívidas acumuladas seriam de R$ 450 milhões, cujo valor justificaria os R$ 280 de dívidas não empenhadas. Em relação aos servidores, os secretários informaram que ainda há R$ 6 milhões para serem pagos a profissionais da Saúde e outros R$ 7 milhões para profissionais das demais áreas. Foi informado que o Município pretende quitar os valores até dezembro deste ano.
Além do valor de despesas não empenhadas, os vereadores questionaram sobre a necessidade do decreto de calamidade financeira no município e, com isso, os mais 200 contratos feitos nos primeiros meses da gestão do prefeito Odelmo Leão com dispensa de licitação.
“A nossa preocupação foi mostrar à população o quadro financeiro que encontramos. Muitas dessas dívidas estão sendo sanadas com gestão pública e financeira. Quando a gente considera a calamidade, ela não foi restritiva, foi expositiva, para esclarecer à população a situação”, justificou Raphael Leles.
Outro questionamento foi em relação ao pagamento dos salários de dezembro aos servidores não estar entre as prioridades no pagamento das despesas.
“Nós entendemos que isso foi uma atitude responsável. O prefeito tem dito, e eu concordo, que precisamos gerir a cidade com um todo. Se nós tivéssemos tomado a atitude de pagar dezembro, ficaríamos inadimplentes e estaremos do Cagec (Cadastro Geral de Convenentes) de novo”, defendeu Henckmar.
Fonte: Site G1
Data: 06/09/2017